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Maria da Penha ONLINE Governo do Distrito Federal
12/12/19 às 16h02 - Atualizado em 7/01/20 às 13h24

Memorial JK – Brasília 60 anos

LUCÍOLA BARBOSA DA AGÊNCIA BRASÍLIA

 

Um aceno em direção à Esplanada dos Ministérios que faz manter viva a memória daquele que ousou construir uma cidade no meio do nada: esta imagem é do ex-presidente Juscelino Kubitschek, eternizada em uma estátua em frente ao Memorial JK. O famoso monumento que perpetua sua história há 38 anos guarda, entre outras relíquias, acervos relacionados aos trabalhos desenvolvidos pelo ex-presidente; à dedicação à vida política; a inúmeras fotos de sua vida pessoal e política; às vestimentas; e, claro, à construção de Brasília. 

 

Na Sala de Metas, o visitante poderá voltar à história da construção de Brasília, onde um holograma em tamanho real mostra o plano do governo de JK. Outras atrações são obras de renomados artistas, como Candido Portinari e sua pintura datada de 1956, ou então, do escritor inglês William Shakespeare, cuja coleção foi presenteada pela Rainha Elizabeth II e está devidamente guardada na Biblioteca JK. Instalada desde o começo no Memorial, a biblioteca tem um enorme simbolismo, pois ela veio do Rio de Janeiro exatamente como estava montada no apartamento de Copacabana do estadista.

 

O fundador da capital federal completaria 117 anos no último dia 12 de setembro. JK morreu em 22 de agosto de 1976, em um acidente de trânsito, no km 165 da Rodovia Presidente Dutra, durante uma viagem entre as capitais paulista e carioca. E é no segundo andar do Memorial que se encontra a Câmara Mortuária do ex-presidente. Lá, os restos mortais de JK descansam em um ambiente com paredes esculpidas por Athos Bulcão e um vitral feito por Marianne Peretti, onde a luz natural cria um efeito de tons diferentes de acordo com a posição do Sol.

 

A construção do Memorial foi iniciativa de sua mulher, a então primeira-dama Sarah Kubitschek. Um dos principais pedidos da idealizadora foi que a inauguração do monumento, em 1981, ocorresse na data de nascimento de JK. Concretizado o pedido, o projeto do arquiteto Oscar Niemeyer recebeu doações espontâneas de cidadãos, de amigos e familiares, de políticos e de empresários. 

 

Mineiro de Diamantina, Juscelino Kubitschek formou-se em medicina pela Faculdade de Medicina de Minas Gerais. Mas sua vida política iniciou-se em 1932, como secretário executivo do governo mineiro. Foi deputado federal, prefeito de Belo Horizonte, governador de Minas Gerais e presidente da República, empossado em 1956. O marco de sua história foi a inauguração de Brasília, em 21 de abril de 1960.

 

Em recente homenagem a esse estadista, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, depositou uma coroa de flores no túmulo do fundador da capital planejada e fez preces.

 

 

 

 

 

Memorial JK

 

Local: Eixo Monumental

 

Horário de funcionamento: de terça-feira a domingo, das 9h às 18h.

 

Ingresso: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia-entrada) para estudantes e idosos. 

 

Estrutura: para Pessoa com Deficiência (PcD) física, há uma rampa de acesso, banheiros adaptados e um elevador interno para o 2º piso.

 

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Curiosidades: presente à inauguração, o recepcionista Euricles Oliveira é o funcionário mais antigo do Memorial JK – que tem 5.784 metros quadrados de área construída, e coleciona histórias de quase quatro décadas no monumento; ao redor do Memorial, que é trabalhado em mármore branco, existem os espelhos d’água, as rampas de acesso e o verde do gramado e dos jardins, onde há uma escultura de Sarah Kubitschek abraçada ao presidente.